segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O perfil de um profissional mutifacetado

Rafael Cortez, Musico, humorista, apresentador, artista, Jornalista e formado aos 28 anos. Oi? aos 28 anos? Sim!

Dei uma Googada nele e agora admiro essa cara pra caramba!

Todos podem bater um papo com ele na feira do Guia do estudante no dia 23 de Agosto, das 09h as 19h!

Dá uma olhada na entrevista que ele deu para o GE.



Como começou sua história com Comunicação? Você estava certo do que queria quando optou pelo jornalismo?
Minha formação é em Jornalismo pela PUC-SP, mas fiz antes um ano de Filosofia, também na PUC, e um ano de Rádio e TV, pela FAAP. Prestei, em paralelo a isso, oito coisas diferentes, ao longo de intermináveis quatro anos. Eu, de fato, não sabia muito o que queria, mas me encontrei academicamente no Jornalismo. E optei por essa área, porque Comunicação sempre foi a minha cara e no Jornalismo eu poderia enveredar por áreas que amo e sempre amei em paralelo, como as Artes. Eu pensei muito em fazer Jornalismo Cultural, por exemplo. Me encontrei ali, ainda que hoje eu siga como um cara que sempre está em diversas frentes. Não posso dizer que vivo como Jornalista, mas também vivo. Assim como vivo como humorista e músico. É confuso, mas isso me realiza no final.

Como foi trabalhar com o jornalismo e partir para a área do humor e da atuação?

Ainda está sendo. No CQC, muitas vezes sou um jornalista fazendo graça. Em muitas outras, sou só humorista e improviso, esqueço da área. Mas o mais importante o jornalismo me deu e segue me abastecendo: repertório. Atuo e faço piada melhor quando estou ciente dos fatos à minha volta. E jornalista não pisca. Nosso faro para os acontecimentos deixa os "radares interiores" bem ligados. No humor isso é fundamental. E leitura e conhecimento só melhoram um ator. Tudo isso é fruto de um mesmo berço, o jornalismo.

Você fez teatro também? Como isso ajudou a formar esse lado do humor?

O teatro me deu a dimensão de carisma; de olhar a plateia; de me colocar cenicamente bem num palco. Muitas vezes a piada que estou contando no meu solo de comédia pode nem ser a mais engraçada. Mas o modo como a conto, como posiciono meu corpo e me imponho com voz e tônus num palco, isso é fruto do teatro. E só agrega!

Muitas vezes as pessoas quando vão escolher uma profissão acham que é algo definitivo, algo pra vida toda. Para você não foi assim, né? Como essa formação ampla te ajudou?

Não foi mesmo! A primeira coisa é um adolescente de 16, 17 anos parar de pensar que tem que saber, justo nessa pequena idade da vida e com tão pouco repertório e certezas do mundo e de si, exatamente o que fará para o resto de sua vida profissional. Eu caí nessa e sofri muito, e por alguns anos que pareceram enormes! Na paralela às minhas crises vocacionais e apostas múltiplas em vestibulares disso e daquilo, eu fui trabalhando com o que me aparecia. Eu não percebia naquela época, mas estava construindo um perfil que adoto na prática hoje e que recomendo, e muito, aos jovens que querem minha opinião: o perfil de um profissional multifacetado. 

Com a velocidade do mundo, das informações e dos acontecimentos, a tendência não é mais a hiper-especialização. E sim o profissional que sabe de tudo um pouco em sua área. Note, eu sou jornalista. E posso falar de cultura porque sou ator e músico, posso falar de política porque fui assessor parlamentar, posso falar de celebridades porque trabalhei com conteúdo digital de revistas de famosos na Abril etc. Tudo isso se originou dessa sede de abraçar oportunidades e, mesmo sem perceber, dar uma banana para essa urgência de respostas que a gente se obriga aos 17. Tanto é que eu só me formei mesmo na faculdade de Jornalismo com 28 anos.

De que maneiras você pretende manter e aprofundar essa carreira múltipla que tem desenvolvido?

Criando minhas próprias oportunidades, e não esperando que elas me caiam no colo. Não posso ficar só me queixando que me conhecem menos como músico do que como humorista, e consequentemente não me chamam para tocar. O que faço? Crio o meu próprio projeto musical e ponho a cara à tapa. Tenho hoje o MDB - Música Divertida Brasileira, meu trabalho de pop-rock com a banda Pedra Letícia. Resgatamos as canções mais engraçadas da MPB e as apresentamos em novas versões para os jovens. Quem não sabia do meu lado músico me vê cantando e tocando nos nossos shows. É bem diferente de esperar que as coisas aconteçam. A gente tem que ser cara-de-pau e empreendedor na carreira. Seja ela qual for.

Que dicas você dá para um estudante que se interessa por áreas bem diferentes e está prestando vestibular ou em dúvida sobre qual carreira seguir?

Crie repertório. Tem que ler. Tem que ver coisa pra caramba. Assistir filmes e séries de todo o tipo. Buscar erudição. Ler, ler e ler. Os jovens estão com problemas graves com a literatura, o que é um erro e tanto. Em algum momento alguém um pouco mais ciente do mundo e das coisas pega o seu lugar. E reitero: cara-de-pau, se bem usada, é uma aliada e tanto. Bem como o empreendedorismo.

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